TODOS OS ANTIALÉRGICOS DÃO SONO?
O QUE VOCÊ AINDA NÃO SABIA SOBRE ESTA CLASSE DE MEDICAÇÕES!
Essa é uma dúvida muito frequente no nosso cotidiano. Pessoas portadoras de rinite, sinusite, urticária, dermatites e asma sempre tem essa dúvida.
E a resposta é simples: NÃO! Nem todas as medicações dessa família causam sonolência.
Em decorrência do intenso crescimento do número de pessoas com algum diagnóstico de alergia, o uso de antialérgicos se popularizou. Sobretudo no início deste milênio, com o avanço do conhecimento médico acerca do mecanismo de ação das alergias e suas manifestações.
A principal família de medicamentos que combatem as alergias são os famosos anti-histamínicos. Uma vez que seu corpo entra em contato com alguma substancia a qual você tem alergia (alérgeno) se iniciará uma sequência de reações imunológicas, cujo principal produto é a histamina. Esta substancia está envolvida nos principais sintomas alérgicos da rinite como: espirros, coriza, coceira e lacrimejamento.
ENTÃO QUAIS ANTIALÉRGICOS DÃO SONO?
Os anti-histamínicos são divididos em dois grupos:
-Primeira geração: medicamentos mais antigos
-Segunda geração: os mais modernos.
Os medicamentos de primeira geração, por serem mais antigos, tem como principal característica o poder sedativo, que em muitos casos acaba superando o seu potencial em controlar a crise alérgica. E o principal motivo da sonolência é o fato de boa parte dessa medicação poder atravessar as barreiras do cérebro e agirem nele.
São eles: Hidroxizina, prometazina, clorfeniramina, difenidramina, entre outros.
Como foram lançados primeiro e atualmente são os mais baratos, são medicações bem populares e de grande disponibilidade.
Observação: estudos recentes mostram que pode haver um sono não reparador com o uso dessas medicações assim como sonolência excessiva durante o dia. Em crianças isso pode impactar diretamente no rendimento escolar.
E OS DE SEGUNDA GERAÇÃO, REALMENTE SÃO SEGUROS?
Os anti-histamínicos dessa categoria foram desenvolvidos para agirem de forma mais eficiente e focada nos principais receptores envolvidos no processo alérgico, sem o mesmo potencial de entrar nas barreiras do cérebro. Com isso, conseguem ter um grau de segurança com baixos efeitos colaterais indesejados.
Além disso, são medicações de fácil uso (1 vez ao dia) e alto poder de resolutividade em curto espaço de tempo.
Exemplos: loratadina. Cetirizina, levocetirizina, desloratadina, bilastina, fexofenadina, rupatadina e ebastina.
Detalhe importante: mesmo com toda a tecnologia e segurança, algumas poucas pessoas podem ter sonolência com estes medicamentos. Portanto, fique atento ao iniciar um novo tratamento.
Atenção! Todas essas medicações listadas podem estar associadas a outras, como no caso dos antigripais, associações com descongestionantes nasais via oral, corticoides e antileucotrienos. Portanto, evite a automedicação!
Como a rinite e as demais doenças alérgicas são crônicas, é possível que o portador já tenha utilizado boa parte dessas medicações expostas aqui. Uma vez que durante o seguimento com o especialista ao longo dos anos necessite do ajuste ou troca das medicações.
Com isso, vale ressaltar a importância da avaliação do otorrinolaringologista e do alergista para controle das doenças que envolvam as alergias.
Dr. Guilherme Castro Alves
Otorrinolaringologista
CRM MA 8789 / RQE 4738